Descoberta interessante! Arqueólogos descobrem múmias com línguas de ouro no Egito

No Egito, arqueólogos desenterraram materiais funerários e múmias com línguas de ouro durante uma escavação.

A descoberta foi feita há poucos dias em Monufia, no norte do Egito, por arqueólogos do Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito. Arqueólogos que investigavam a necrópole de Quwaysinā (Quesna) encontraram múmias com línguas de ouro, caixões antropóides de madeira, objetos de ouro e amuletos durante a escavação. Os pesquisadores acham que o enterro dos mortos com uma língua de ouro era praticado para que eles pudessem se comunicar na vida após a morte e falar com Osíris.

Osíris: Na mitologia egípcia, ele é o governante do submundo e o deus dos mortos. Ele é filho de Geb, o deus da terra, e Nut, a deusa do céu. Nas antigas pinturas murais egípcias, geralmente é representado com pele verde.1

Os arqueólogos que realizaram a escavação afirmaram que o cemitério tem um estilo arquitetônico diferente. Os pesquisadores acreditam que a necrópole foi usada tanto durante o período egípcio antigo quanto no período romano.

Arqueólogos descobrem múmias com línguas de ouro no Egito
Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

No Egito, múmias de língua dourada também foram encontradas em fevereiro e dezembro do ano passado.

Práticas funerárias no Antigo Egito

Estudiosos acreditam que as primeiras pistas sobre a preservação do corpo físico no Egito datam do quinto milênio aC. Esta é uma das razões pelas quais práticas de cremação comuns durante o Neolítico, Calcolítico e Idade do Bronze não eram comuns no Egito.

As primeiras tumbas encontradas no Egito são geralmente covas simples e rasas, com poucos bens funerários. No entanto, com o tempo, dependendo das mudanças socioeconômicas e culturais, o tamanho das tumbas aumentou e o número de itens nas tumbas aumentou.

A crença na ideia de uma vida após a morte no Antigo Egito levou a sacrifícios humanos ao longo do tempo. Muitos esqueletos humanos foram encontrados nos túmulos de pessoas de alto status. As pessoas que foram sacrificadas foram enterradas com o falecido, possivelmente para servir o falecido na vida após a morte.

A evidência mais antiga de mumificação dos mortos no antigo Egito data da primeira metade do quarto milênio aC.2

Com o uso generalizado de práticas funerárias, variações figurativas e decorativas ocorreram tanto nos estilos funerários quanto nos caixões. Após a conquista romana do Egito em 30 aC, a influência dos elementos românicos nas tumbas aumentou.

O ritual de abrir a boca

Foi um ritual praticado desde o Império Antigo (2700-2200 aC) até ao Período Romano. Os antigos egípcios costumavam abrir a boca dos cadáveres, acompanhados de certas cerimônias, antes de enterrar os mortos. O objetivo do ritual era que os mortos pudessem comer, beber e falar na vida após a morte. Parece que em algumas partes do Antigo Egito, o ritual de abrir a boca era acompanhado pela cerimônia da língua de ouro.



  1. Color in Ancient Egypt“, Graciela Gestoso SINGER, January 2010[]
  2. Mummy Yields Earliest Known Egyptian Embalming Recipe“, Maya WEI-HAAS, National Geographic, August 16, 2018[]